Por volta de seis milhões de brasileiros assinaram um contrato de empréstimo durante a pandemia. O cenário econômico como um todo levou as pessoas a isso, visto que vários perderam seus empregos e precisaram de uma solução emergencial.
Talvez você também seja uma dessas pessoas, não é mesmo? Alguns dos motivos que levam alguém a procurar um empréstimo é a vontade de abrir um negócio próprio, além de sonhos como casar, viajar, trocar de carro e reformar a casa.
Entretanto, não conte apenas com o dinheiro do empréstimo, afinal, as parcelas chegarão e serão uma dívida a ser paga.
Saiba o que fazer antes de contratar um empréstimo
Se não ainda não tem um empréstimo e está à procura de um, fique atento às nossas dicas para não entrar em uma barca furada e fazer um bom negócio:
De acordo com Bárbara Coelho, que é professora da Faculdade Senac, existem cinco passos que toda pessoa que quer contrair um empréstimo deve seguir, quase como um mantra a ser repetido.
Veja abaixo e fique bem informado:
1. A primeira dica é prestar atenção se o banco não está fazendo uma venda casada, ou seja, incluindo no valor do empréstimo outros produtos bancários, tais como seguro residencial ou seguro de vida.
Saiba que é uma prática comum de alguns gerentes de banco, que dizem que ao oferecerem um segundo serviço junto, podem dar uma taxa de juros mais baixa, mas a venda casada é proibida pelo Banco Central, sabia?
2. A segunda dica é saber o custo efetivo de operação. Isso significa checar se a taxa de juros que você está pagando é a mesma descrita no contrato.
Também é importante prestar atenção em quais encargos estão sendo cobrados, tais como IOF, tarifa de abertura de crédito e etc.
3. Terceiro, mas não menos importante, é fundamental que o interessado leia todas as linhas do contrato, até mesmo as pequenas, para não ter nenhuma surpresa depois.
Se você ler o contrato com atenção, saberá bem se existe alguma garantia envolvida, o valor da multa no caso de atraso nos pagamentos e caso opte pela possibilidade de adiantar alguma parcela, qual será o desconto dado.
4. Veja se a parcela caberá no seu bolso. Isso é o básico de qualquer empréstimo concorda? É aconselhável que o empréstimo não comprometa mais que 20% de sua renda mensal.
O cuidado deve ser ainda maior no caso dos aposentados e pensionistas do INSS, visto que geralmente o banco já desconta a parcela do empréstimo da aposentadoria ou pensão.
A depender do valor pago, o grande perigo é esse senhor ou senhora acabar não recebendo nada no fim do mês.
5. Saiba das opções disponíveis no mercado. Não assine o contrato com a primeira financeira, mas antes, compare as taxas de juros, o valor das parcelas e as condições gerais de empréstimo entre várias instituições, para depois escolher a mais vantajosa.
Fique de olho na taxa SELIC, que é a taxa de juros. Quando ela estiver baixa, o momento é o ideal para conseguir fazer um melhor negócio, com menos burocracia e taxas mais acessíveis.
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